domingo, 31 de julho de 2011

Interpol - Stella Was a Diver and She Was Always Down (live)

nterpol - Stella Was A Diver And She Was Always Down
(Tradução)

Stella era uma mergulhadora e estava sempre abaixo


Quando ela caminha pela rua
Ela sabe que existem pessoas
a espiando
As frentes dos prédios são somente frentes
Para esconder as pessoas a espiando

Mas uma vez ela
caiu na rua
Num bueiro naquele caminho ruim
As goteiras do subsolo
Era como seus tempos de mergulho

Dias
Vergonha
Dias
Vergonha

Ela estava bem porque o mar era tão impermeável, ela
fugiu
Ela estava bem mas ela não pode sair hoje à noite,
ela
fugiu
Ela estava bem porque o mar era tão resistente,
impermeável

Ela fugiu, fugiu


No fundo do mar ela
reside
No fundo do mar ela reside
De fendas
acariciadas por dedos
Em inchaços de serpentes gordas e
azuis
Stella, Stella, Stella, Stella eu te amo

Ela estava bem porque o mar era tão impermeável, ela
fugiu
Ela estava bem mas ela não pode sair hoje à noite,
ela
fugiu
Ela estava bem porque o mar era tão resistente,
impermeável
Ela fugiu, fugiu

Bem, ela era meu
brinquedo sexual catatônico, mergulhadora de amor e
prazer
Ela ia fundo, fundo, fundo lá no oceano
Sim, ela ia
fundo, fundo, fundo lá, fundo por mim. Vamos lá!

Muito bom! Sim! Vamos lá!

(Há uma coisa que é
invisível
Há coisas que você não pode esconder
Tentar
te detectar quando eu estou dormindo
Num aceno você diz
adeus...



domingo, 24 de julho de 2011

Amy....


terça-feira, 19 de julho de 2011

Sinal Divino


sábado, 16 de julho de 2011

Não vou me adaptar


Conversei com uma amiga sobre a mudança nas pessoas. Talvez seja a única certeza absoluta que podemos ter. Nada dura para sempre, tudo perece frente ao tempo. Tudo tem um início, meio e fim. Tudo tem que mudar. E um grego já sabia disso há muito tempo.

Com as pessoas é assim. Muitos nascem cristãos, mas morrem ateus. Nascem descrentes e morrem crentes. O fim assusta. Logo, por mais que nosso conhecimento diga que muitas coisas estão erradas e não são reais.  A pressão do meio é mais forte, muitos se adaptam.

Como a água toma a forma do recipiente, muitos preferem tomar a forma do meio. Preferem se deixar levar pelas margens opressoras, como dizia um poeta alemão.

Não condeno aqueles que assim preferem. Cada um sabe a cruz que carrega, mas não posso aceitar isso. Muitas vezes, conheço alguns exemplos, isso significa o fim da personalidade.

Desistem de lutar, por estarem calejados, por não conseguirem enxergar uma saída ou por quererem se livrar do incomodo. Trocam a farda pela vida civil. Não conseguem ver sentido nas dúvidas, mas vem na certeza de um cotidiano comum, sem nada além da simples rotina.

A idade é o grande vilão disso tudo. Ela pressiona, arrasta e pesa frente ao tempo. Ela nos amarra pesos aos pés que não nos deixam caminhar.

Não vou me adaptar, não deixarei me moldar. Se for preciso mudar, que seja o campo da batalha, que aprofunde os conceitos já assimilados e que a mudança vá ao encontro de nossa utopia.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO

"Há uns cinqüenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar." 

"Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram." 

"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso. 

A prática da profissão, ela própria, impunha a necessidade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor profissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presidente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário. 

A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social. 

O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, parecem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condições mais importantes: a criatividade e a prática. 

Em sua maioria, os formados chegam com deficiências flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortografia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial. 

O mais grave é que tais atentados contra a ética obedecem a uma noção intrépida da profissão, assumida conscientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sentem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida. 

É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro. 

Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante. 

Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento. 

Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da verdade é impossível em menos de seis, que lhes encomendam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo. 

"Nem sequer nos repreendem", diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compassivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia.

A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minuciosa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos." 

"O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entrevista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos redatores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe. 

Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anotações, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício. 

Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário. 

Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro. 

O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde. 

Um grupo de jornalistas independentes estamos tratando de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência piloto com jornalistas novos para trabalhar em alguma especialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão." 

"A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que reproduzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. 

Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

(Publicado no Observatório da Imprensa. Agradecemos a Luís Antônio Nikão Duarte, da Agência Jornal do Brasil, o envio do texto original do discurso de García Márquez.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Arcade Fire - The Suburbs

sexta-feira, 8 de julho de 2011

The Strokes - Taken For A Fool

SÃO PAULO - Os Strokes lançaram na manhã desta sexta-feira, 8, o clipe de seu próximo single, Taken For A Fool. Os norte-americanos liberaram o vídeo da música em seu site oficial. Uma versão ao vivo da canção com a participação de Elvis Costello está disponível para download.

Taken for a Fool faz parte do disco Angles, lançado pelo grupo neste ano.

A banda está em turnê para divulgar o álbum e toca no Brasil no Festival Planeta Terra em 5 de novembro, em São Paulo. Os ingressos para o evento já estão esgotados

segunda-feira, 4 de julho de 2011

4 de Julho

Bom, não poderia deixar o 4 de julho passar em branco. Minha agonia precisava ser expressa em palavras. Ela precisva ganhar forma de letras, para aí, me deixar mais tranquilo…

Sim, é data que de independência dos EUA e também meu aniversário. A revolução americana como a francesa possibilitaram o desenvolvimento das forças produtivas, sem as condições criadas pelo capitalismo o socialismo é impossível. Logo, para mim, a revolução americana foi um progresso, em comparação a sociedade anterior.

É preciso lembrar que as relações de produção que sustentam a sociedade não podem ser substituídas por novas, enquanto não estiverem ultrapassadas[1].

O Capitalismo já foi melhor que o sistema fedual. Ele desenvolveu a possibilidade de todos terem suas necessidade satisfeitas, mas devido a propriedade privada, isso não pode se concretizar. O fato dos meios de produção[2] estarem na mão de uma minoria, que dimunui cada vez mais, só deixa a maioria em uma miséria cada vez maior.

Não estou sendo etapista. Mas a verdade é que as condições desenvolvidas pelo capitalismo já maduraram bastante para chegarmos ao socialismo, na verdade, elas começam a apodrecer.

Logo, quando ouço uma piada ou brincadeira sobre a data de meu aniversário eu não ligo. Afinal as pessoas que fazem essa piada, são as mesmas que dizem que comunistas não podem beber Coca-Cola, nem ir ao MC Donalds. Penso que isso seja tão relevante quanto um papel escrito: AR, na mão de um homem que se afoga. 

O importante aqui é entender, que a industrialização e modernização da sociedade nos deixam mais próximos do socialismo. O fim desse sistema não depende de "boicotes", como não beber coca-cola, mas da organização da classe trabalhadora. 

Feliz 4 de julho. 



[1] No sentido de não desenvolver o nível de vida humana. O capitalismo desenvolveu um nível de vida melhor, mas nem para todos e a custo de uma exploração. Hoje, mesmo a parte que se benefiava disso sofrem, logo ele deixou de ser progressista.

[2] Aquilo que produz tudo que necessitamos para sobreviver de televisão, comida, escova de dentes... Os donos desses meios são os capitalismo. Eles tem o controle do estado e da sociedade. 

domingo, 3 de julho de 2011

sábado, 2 de julho de 2011

Por una Cabeza (Original) - Tango - Carlos Gardel

Minhas músicas

Resolvi fazer uma lista das minhas músicas favoritas:

  1. Interpol-  Who Do You Think
  2. Joy Division- Desorder
  3. The Killers- When You Were Young
  4. Radiohead-  Paranoid Android
  5. Los Hermanos-O último romântico
  6. The Killers- All These Things That I've Done
  7. Placebo-One of a kid
  8. Adriana Calcanhoto- Inverno

Dancing With My Self - Billy Idol (tradução)

Entendo a letra...

Eduardo Galeano- Sague Latino

Senti vontade de viajar para o Urugauy depois que vi esse vídeo...