domingo, 22 de janeiro de 2012

Gigantes da internet se mobilizam contra leis de censura nos EUA


Quem acessou o Facebook, no dia dezoito de janeiro, pôde observar que um de seus fundadores, Mark Zucherberg, publicava em seu perfil, uma mensagem que dizia que o congresso Norteamericano não poderia aprovar uma “lei mal pensada”. Segundo Zucherberg e outros sete mil sites, que protestaram nesse dia, as Leis SOPA e PIPA, que estavam em pauta no congresso do EUA, limitariam a liberdade na internet. 

Participaram também do protesto sites como Twitter, Mozilla, Wordpress e outros. A Wikipédia saiu do ar por 24h, nos Estados Unidos e publicou uma mensagem que dizia: “Imaginem o mundo sem conhecimento livre”. Jimmy Wales, cofundador da Wikipédia disse, em entrevista que a política para a internet não deveria ser ditada por Hollywood. O Google pôs uma caixa preta no logo de seu site, demonstrando seu repúdio a lei. 

Os dois projetos conhecidos como SOPA (Stop Online Piracy Act, ou Lei para Parar com a Pirataria Online) e Pipa (Protect Intellectual Property Act, ou Lei para Proteger a Propriedade Intelectual) têm apoio das indústrias cinematográfica (MPAA, na sigla em inglês), Fonográficas (RIAA, sigla em inglês) e de softwares. 

Essas empresas pretendem proteger seus produtos e lucros com essas leis. Para elas, baixar um filme e compartilhá-los com os amigos é um crime igual a roubar um DVD de uma loja.

O que diz as leis? 

Segundo a Reuters, caso fosse aprovada, a Lei SOPA permitiria que o departamento de justiça Norteamericano investigasse, perseguisse e desconectasse qualquer pessoa ou empresa acusada de disponibilizar material na internet que o direito autoral não lhe pertencesse. Resumindo a lei seria uma maneira de impedir as pessoas de baixar, compartilhar e remixar qualquer conteúdo, como música, vídeos, filmes ou imagens. 

Os provedores de domínios, sites de busca e empresas de publicidade americanas, que ficam todos nos EUA, seriam obrigados a bloquear os serviços de qualquer site que esteja sob investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos por ter publicado material que viola os direitos de propriedade intelectual. Caso não façam serão eles os punidos. 

O outro Projeto de lei, PIPA, propõe penas de até cinco anos de cadeia para pessoas acusadas por compartilhar materiais “pirateados” dez ou mais vezes ao longo dos seis meses. Os sites acusados de “permitir ou facilitar a pirataria” também seriam punidos. Estes podem ser fechados e banidos de provedores de internet, sistemas de pagamento e anunciantes, em nível internacional. Em tese, um site pode ser fechado apenas por manter laços com algum outro site suspeito de pirataria. 




Outras conseqüências das Leis 

Haveria também uma espionagem dos provedores de internet, e-mail, blogs gratuitos, mensageiros instantâneos e redes sociais que vetariam todo o conteúdo publicado pelo usuário, que não fosse autorizado e eventualmente o bloquearia. 

Outro problema, é que muitos hackers e ativistas, que usam tecnologias para navegar de maneira anônima, alegam que as leis os prejudicariam muito, pois eles seriam vistos como ilegais. 


Políticos recuam devido à pressão 

Após as pressões dos sites e toda a polêmica em torno do fim da liberdade na internet, o congresso Norteamericano retirou os projetos de pauta. O parlamentar, Lamar Smith que apresentou o projeto SOPA, decidiu suspender a legislação “até que haja um consenso maior por uma solução”. 

Os projetos de leis e sua retirada de pauta são resultados da queda de braços entre dois setores da burguesia que lutam por sua sobrevivência. Segundo a BBC, os analistas afirmam que os protestos do dia dezoito foram um teste para as indústrias do Vale do Silício. Afinal, elas enfrentam uma indústria mais velha e mais organizada, que a de mídia e de entretenimento.


 Presidente do Comitê Judicial da Câmara dos Representantes americana, Lamar Smith.
Em entrevista a folha de São Paulo, Greg Frazier, vice-presidente executivo da Associação Cinematográfica dos EUA (MPAA, na sigla em inglês) mostra os interesses do setor que representa em criminalizarem as pessoas e sites que fazem downloads. 

Segundo Fraizer, “... pouquíssimas pessoas diriam que é normal entrar em uma videolocadora, colocar um DVD no bolso e sair andando. Todos reconhecem que isso não se faz porque é errado”. 

Para ele sair com o DVD de uma locadora é o mesmo que baixar um filme. “... já que se pode sentar diante de um computador em casa, no trabalho ou na faculdade, baixar um filme ilegalmente e achar que isso não vai afetar ninguém, que está tudo bem. Bom, o caso é que não há diferença entre um exemplo e outro”, afirma o membro da Associação Cinematográfica. 

Outro assunto abordado pelo Frazier é a remuneração do trabalho, segundo ele, o problema dos downloads é que: 

“A noção das pessoas que criaram esses produtos é que elas precisam ser recompensadas por isso. Isso vale para um repórter de jornal que está escrevendo uma matéria ou um diretor que está fazendo um filme. Se você não tiver remuneração pelas reportagens que escreve, provavelmente vai acabar não escrevendo muitas. Se você não acredita no valor da criatividade e da produção de conteúdo, você acredita em um sistema diferente do meu”. 

A burguesia sempre tenta mostrar suas idéias como idéias de toda a sociedade. Como a indústria cultural precisa gerar lucro é ruim para ela, que um filme que custa milhões não gere nenhum lucro ao ser baixado. 

Toda essa conversa de combate a pirataria faz parte de sua hipocrisia. Nenhum deles está interessado em democratizar a cultura, pois como com afirmou Frazier, “isso não nos interessa”. 


O que está em jogo é o controle da internet 

A burguesia tem o controle do estado, do exército e da economia. A internet aparentemente foge de suas mãos. Isso a deixa um pouco furiosa, afinal é vergonhoso que o país mais poderoso do mundo tenha a página de sua polícia federal tirada do ar por um grupo de hackers. 

Os acontecimentos relacionados ao Wikileaks e a primavera Árabe também a preocupa. A informação vai rapidamente de um lado a outro do mundo de maneira rápida, sem que eles possam impedir. Só isso não faz nenhuma revolução, mas ajuda. Como já escrevi antes a revolução não virá pelo Twitter, mas poderá ser twittada. 

A internet é um espaço muito importante para qualquer revolucionário, pois com ela podemos divulgar informações e fazer propaganda. Não acreditamos que só com o ativismo online, como faz o Anonymous poderemos transformar a sociedade. 

Tirar os sites do governo do ar, postar informações de políticos na web e outras coisas do gênero ajuda a desmascará-los, mas não põe fim ao capitalismo nem ao seu estado que nos oprime. Para nós a única maneira é que a classe trabalhadora tome o poder no mundo e tenha e suas mãos o controle dos meios de produção e do estado. 

Como dizia Trotsky, bons são os meios que elevam a consciência dos explorados como classe e os ajudam a entender a necessidade de tomar o poder. Terrorismo online, não tem muita utilidade para isso. 




Nada podemos esperar da burguesia 

Apesar de as leis terem sido tiradas de pauta, precisamos ficar atentos. Nada descarta um acordo entre os dois setores. A retirada do Megaupload da rede demonstra que a não aprovação das leis não é um desejo um unânime da burguesia americana. 

E apesar da sua declaração contrária a lei, o senhor Zucherberg já entregou vários dados pessoais ao governo americanos. Também boicotou o Wikileaks e o movimento Ocupação de Wall Street. Ou seja, a internet livre pode estar com dias contados.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Crise do euro reabre debate sobre relações entre Estado e imprensa



Mais de 100 jornais italianos estão ameaçados de fechar as portas agora no início de 2012 em consequência da suspensão dos subsídios fornecidos pelo Estado como parte de um esforço de quase 50 anos para diversificar a informação no país.

O corte de 2/3 dos 170 milhões de euros (404,6 milhões de reais) em subsídios anuais à imprensa italiana foi imposto ainda no governo de Silvio Berlusconi e mantido pelo atual primeiro-ministro Mario Monti como parte do programa de austeridade destinado a evitar o caos econômico no país.

O corte afetará especialmente os jornais locais e a imprensa oposicionista de tendência socialista, pois os grandes veículos continuam usufruindo vantagens como anistia fiscal e tarifas postais reduzidas, mesmo perdendo também o subsídio direto.

Desde o fim de dezembro, os jornalistas do Liberazione estão acampados na redação para tornar pública a sua resistência ao fechamento. O jornal, ligado ao Partido Comunista Refundado (dissidentes do antigo PC italiano), já não é mais impresso e transformou-se em publicação online.

Idêntico destino ameaça os também oposicionistas Il Manifesto (socialista independente) e L’Unitá (o outrora influente jornal do PC italiano). O Il Manifesto foi fundado em 1969 e ao longo de toda a sua história foi um crítico mordaz da linha soviética do PC italiano, bem como um jornal famoso por sua ironia e criatividade. Outro ameaçado, o L’Unitá, foi fundado em 1924 pelo filósofo italiano Antonio Gramsci como jornal oficial do PCI. Depois da queda do fascismo, foi o jornal da maioria dos grandes intelectuais italianos.

Mas não é só na esquerda que o corte de subsídios está provocando uma mortandade de jornais. OAvvenire, fundado em 1968 por iniciativa do então Papa Paulo VI, é o jornal semioficial da igreja católica italiana, enquanto o Avanti!, fundado em 1896 como um matutino socialista, mais tarde mudou de linha e, no governo passado, era dirigido por Walter Lavitola — um amigo pessoal do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, igualmente acusado de corrupção.

A esmagadora maioria dos jornais ameaçados de fechamento é formada por pequenas e médias publicações impressas regionais e locais, além de emissoras provinciais de rádio. As razões econômicas para justificar o fim dos subsídios à imprensa italiana são comuns às já usadas para promover os programas de ajuste adotados na Grécia, Espanha, Irlanda e outros países europeus. Mas o caso italiano é mais significativo pelo vulto dos recursos e pelo fato de que o episódio recoloca em discussão as relações entre o Estado e a imprensa num momento em que esta última passa por uma crise inédita na sua história.

Na Europa, a imprensa sempre teve uma série de favores estatais, especialmente em Portugal, França, Itália e Espanha. A alegação era de que o subsídio estatal viabiliza a diversidade informativa num ambiente de desigualdade econômica. Hoje, o governo alega que a diversidade é menos importante do que a crise do euro provocada pelo endividamento público. Do ponto de vista contábil, o primeiro-ministro Mario Conti pode ter razão, mas as consequências do corte vão muito além de zerar um déficit.

É mais um elemento a ser levado em conta no debate sobre o futuro da imprensa no mundo. A crise de modelos de negócios acaba de fazer 100 vítimas no The New York Times. O jornal, que muitos consideram o líder na experimentação de novas fórmulas informativas, deu como presente de Natal a seus funcionários a demissão de 100 repórteres e redatores, elevando para 200 o número de profissionais que perderam o emprego desde 2008.

O corte é especialmente traumático para a imagem do jornal que até agora orgulhava-se de sua preocupação com a qualidade informativa e apresentava como garantia o fato de ter uma redação com 1.250 jornalistas efetivos, a mais populosa entre todos os jornais norte-americanos.

O Times ainda não achou o modelo ideal para sobreviver como jornal, mas já adotou a mesma fórmula de outras publicações: reduzir o efetivo da redação, uma medida que agrada à contabilidade mas temconsequências irreversíveis entre os leitores.

As relações futuras entre os Estados e a imprensa ainda são um tema cheio de incertezas e preconceitos. Mas a cada dia crescem os indícios de que como a produção de jornais tornou-se um negócio pouco lucrativo, os investidores tendem a procurar outros setores econômicos e o poder público terá que voltar a ser realmente público para atender à uma necessidade da população, que precisa de informação diversificada e livre de interesses comerciais e eleitorais.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sonic Youth - Superstar




Superstar - Sonic Youth

Há muito tempo
E tão distantemente
Me apaixonei por você
Antes do segundo show
Sua guitarra
Soa tão doce e clara
Mas você não está aqui
É só o rádio

Você não se lembra que disse que me amava, baby?
Você disse que estaria voltando neste caminho, baby
Baby baby baby baby oh baby
Eu te amo, realmente amo

Solidão é uma ocupação triste
E eu mal posso esperar
Para estar com você novamente
O que dizer
Para trazer você para casa
Voltar para mim novamente
E tocar sua guitarra triste?

Você não se lembra que disse que me amava, baby?
Você disse que estaria voltando neste caminho, baby
Baby baby baby baby oh baby
Eu te amo, realmente amo




Fonte: http://www.vagalume.com.br/juno-soundtrack/superstar-sonic-youth-traducao.html#ixzz1in1dwJNm

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A hipocrisia da imprensa e o mau trato de animais



Eu tenho pena dos cachorrinhos. Acho que as crueldades feitas contras os animais nos últimos meses devem ser punidas. Bater neles ou enterrá-los vivos são coisas realmente desumanas. Não acho que por isso devemos entrar em uma onda de condenação do ser humano, mas não aprovo esse tipo de crueldade.

Também não vou deixar de comer carne, devido a isso. Gosto muito de carne, ainda mais acompanhada de vinho.

Agora, o interessante disso tudo é a impressa. Todo o dia cedendo espaço sobre essas crueldades, seja para relatar como o cachorro foi morto, o que acontecerá com a pessoa e o que virá depois.

Eu realmente fico com pena dos cachorrinhos, por isso. Mais pena eu tenho dos brasileiros que sofrem com o trabalho escravo. Recentemente vi, em alguns blogs e jornais, de maneira muito tímida, matérias sobre os 52 empregadores de mão de obra escrava, incluídos na lista suja do governo. A denúncia relata que com esse novo relatório a lista chega a 294 nomes.

Não me impressiona a maneira tímida que o fato foi noticiado. Afinal, noticiar de maneira excessiva os maus tratos contra os cachorrinhos não agride ninguém e sensibiliza todos. É uma noticia sem classe social. A senhora da elite burguesa ficará tão chocada, quanto à estudante universitária ou a dona de casa. Todos se uniram junto à imprensa burguesa para que se faça justiça.

Agora, pensem bem! Quem vai querer lutar contra o trabalho escravo e fazer uma campanha, que nem uma classe defende. Sim, pois o escravo é uma propriedade de um senhor, ou seja, nossa luta contra o trabalho escravo será pelo direito de essas pessoas serem reconhecidos como seres humanos.

Hoje, seis de janeiro, foi noticiado o assassinato de uma criança indígena. Quem quer saber disso? Quando os pobres cachorrinhos sofrem com o mau trato. Foi só alguns madeireiros que tocaram fogo em uma criança indígena!

Sabem, existe um tipo que sinto mais pena que o índio e o escravo, é o jornalista! Sim aquele coitado, que ganha mal e que trabalha de domingo a domingo e que ainda acha que vai mudar o mundo falando de cachorrinhos.

Novamente ressalto que a crueldade contra os animais é um absurdo e deve ser punida. Agora a imprensa burguesa trata esse problema de maneira absurda! Parece que o mundo vai acabar!

Existe uma escolha política dessa imprensa em não lutar pela transformação social, mas em manter a sociedade da maneira que se encontra. Por isso, se escolhe sobre o que se da mais ênfase. Fala um dia do escravo, outro do índio e o ano inteiro no rádio, na TV e no jornal impresso dos pobres cachorrinhos.

Demasiada informação faz muito mau e coloca em risco o sistema que sustenta esses jornais. O Wikileaks, que junto com a crise financeira ajudou a desencadear as revoltas no mundo árabe é um mau exemplo! Eles não querem uma primavera árabe no Brasil. Então, falamos dos cachorrinhos e não estragamos o dia de ninguém falando da exploração do homem pelo homem.

João Diego estudante de jornalismo

Kafka

Eu perdi a autoconfiança que foi substituída por uma ilimitada consciência de culpa. - Franz Kafka, Carta ao Pai.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Porque sou ateu




Muitos têm fé na existência da vida após a morte. Eu não. Para mim a hora que morremos é à hora em que chegamos ao fim, não há nada após.

As pessoas não respeitam os ateus da mesma forma que respeitam as pessoas de outras crenças. O preconceito contra os ateus é sempre pior.

Os mais fanáticos não aceitam a idéia de não darmos importância a deus. Para eles estamos condenados ao inferno se não acreditarmos. Felizmente não são todos assim, muitos respeitam nossas opiniões.

Claro, pior do que não respeitar é aquela cara de tristeza que fazem quando digo que sou ateu. Parece que vão chorar e então perguntam: você é feliz?

Já dei gargalhada quando me perguntam isso, me desculpem se ofendo alguém, mas é engraçado. Para algumas pessoas a felicidade está associada à existência de um ser supremo. Para elas é impossível amar e ter uma vida feliz sem acreditar em deus.

Ser ateu não significa acreditar no diabo, nem duvidar dos sentimentos e ser uma pessoa fria. Os ateus apenas não acreditam que exista um criador do universo. Para eles o que existe é o que podemos provar por meio de nossos sentidos e pela razão.

Meu ateísmo é resultado, principalmente do meu estudo da história. Deixei de acreditar em deus à medida que não encontrei nenhum deus evitado fome, miséria ou guerra.

Alguns duvidam do meu ateísmo, mas eu não. Certa vez conversando com minha melhor amiga eu lhe disse:

- Então imagine o fim, sua morte. Você não pode imaginar muita coisa, pois se é ateu a morte significa seu fim. Ou seja, não pode pensar, pois no momento que morrer deixará de existir. Tudo que fez durante sua vida ou os sentimentos que tem não significarão nada, pois ao morrer será como uma pedra. Ocupará lugar no espaço, mas em nenhum momento terá consciência do espaço ou do universo ao seu redor. Você não poderá ser nada, pois não será nada, nada! É difícil explicar, mas morrer para mim é assim. É ser como uma pedra.

Ela me disse que isso era triste. Eu lhe disse que morrer não é legal, nunca.

A verdadeira graça está na vida e em saber que ela é única. O que fazemos aqui tem sentido sim para nossos amigos, familiares e para as gerações futuras. Nossos sentimentos serão sempre intensos, pois eles serão únicos. Por isso não perderei tempo em te dizer o quanto és importante para mim nem em ir atrás do que acredito. Infelizmente a vida é curta para quem acredita que vive só uma vez.

Ela refletiu sobre o que disse. Ficou claro, que era assustador para ela como penso que seja o fim, Só que em nenhum momento ela duvidou do que acredito. Mesmo sendo cristã e não concordando comigo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

A revolução não virá pelo Twitter, mas poderá ser tuitada (2)


Segue abaixo o comentário do camarada Luis Alfredo, sobre o texto que escrevi. Acredito ser importante postá-lo pela relevância do debate e de seu comentário. 

Leia a primeira parte ante, aqui.  

Belo texto. Tenho que concordar que as redes sociais são absolutamente secundárias num momento de revolução. Pelos mesmos motivos que os seus, mas vistos de forma um pouco diferente:

Primeiro porque já vimos que protestos feitos completamente online não tem serventia alguma a longo prazo; e o maior exemplo disso são os Anonymous. Aqueles que, essencialmente, prometem acabar com o Sistema atacando sites governamentais, policiais e de grades bancos: os sites saem do ar por algumas horas, muitos Anonymous saem "do ar" para a cadeia por alguns anos. E ninguém se lembra deles senão como baderneiros. Quebram a cara. Assange (que, podemos dizer, também fez um "protesto online" com Wikileaks), por outro lado, é esperto: a sua prisão ou morte acarretaria necessariamente na divulgação de novos documentos e isso o mantém livre. E vivo.

Segundo porque, como você mesmo explicou, no momento em que as coisas ficam difíceis a suposta "democracia" da Internet acaba.

Esse fator tem solução, a utilização de meios não-censuráveis de comunicação online. Falo de, por exemplo, Tor (https://www.torproject.org/) e Freenet (http://freenetproject.org/), ferramentas que burguesia nenhuma tem poder de censurar por motivos técnicos. Mas o número de pessoas que conhece ferramentas do tipo é pífio, insuficiente para que consigam organizar algo relevante em um momento crítico. Esse número deveria aumentar enquanto é tempo, de qualquer forma.

Att.

Luis Alfredo.