sábado, 31 de outubro de 2009

UJES

UJES

UJES

Documento da Juventude Revolução

Somos estudantes e dirigentes de entidades estudantis em defesa da educação pública com vagas para todos, em todos os níveis, da creche à universidade. Não aceitamos o sucateamento de nossas escolas. Não queremos mais estudar em prédios caindo aos pedaços, onde às vezes não têm nem professor para dar as aulas. As bibliotecas estão desatualizadas, os laboratórios de informática, quando existem, não atendem à demanda. E para piorar, se queremos estudar, temos que pagar transporte, mesmo a educação sendo “gratuita”, pois nos negam o direito ao Passe-Livre Estudantil. O FUNDEB, longe de garantir as verbas necessárias para as escolas de nível fundamental e médio, não resolve o problema do sucateamento das escolas. É um fundo vinculado à porcentagem de arrecadação de impostos que sofre cortes de praticamente 50%, pois o orçamento dos municípios é desviado para a dívida pública, através da Lei de Responsabilidade Fiscal criada por FHC. Lula poderia resolver esses problemas se rompesse as alianças com a burguesia, a coalizão com os partidos da burguesia. É preciso que seja garantido todas as verbas necessárias para resolver os problemas da educação, é preciso que ao invés de pagar a “dívida pública”, o dinheiro do povo retorne ao povo em forma de investimentos massivos em educação, emprego, saúde e moradia. Somos contra a divisão do movimento estudantil. Queremos vagas para todos nas universidades públicas! Foi com essa luta que construímos a UNE, a UBES e organizamos o Movimento Estudantil, e é a essa luta que continuamos fiéis. Continuamos firmes na luta por igualdade pois é essa a luta em caminho ao socialismo. As cotas não criam uma só nova vaga na universidade, apenas dividem as existentes em raças, jogando um estudante contra o outro na disputa das poucas vagas. Da mesma forma repudiamos as políticas racialistas, que buscam dividir o país em raças, como faz o Estatuto da Igualdade Racial. A única divisão existente é a divisão de classes, dos que nada possuem (os trabalhadores) e os que possuem as riquezas (a burguesia). Sabemos que é possível, não num futuro distante, mas desde já, termos a escola que queremos, com prédios estruturados, laboratórios, assistência estudantil, melhores salários aos professores, e universidades para garantir todos no ensino superior! As verbas existem, o problema é que estão sendo enviadas aos capitalistas com a dívida pública, só no ano de 2008 foi cerca de R$ 180 Bi. E mais de R$ 250 Bi para conter os prejuízos dos capitalistas com a crise. Durante anos os governos disseram que não tem dinheiro para a educação, mas em poucos meses esses mesmos governos desviaram trilhões de dólares para os capitalistas enfrentarem a crise. Não tem dinheiro para a educação, mas tem dinheiro para os capitalistas? Essa é uma crise do sistema capitalista, uma crise de superprodução característico da anarquia capitalista. Com a crise fica ainda mais evidente a podridão do capitalismo. É o capitalismo o responsável pela fome, pela miséria, pelas guerras. É por conta desse sistema que os filhos dos trabalhadores são excluídos do lazer e da cultura, jogando milhares nas drogas e nas armas e balas do trafico e do crime organizado. Queremos outro mundo. Um mundo no qual todos tenham direito à educação, diversão, arte, e emprego! Um mundo sem a exploração do homem pelo homem! A situação de nossas entidades é preocupante. A UNE, a UBES e a maioria das entidades gerais estão na “mão do Estado”. Cooptados por verbas e projetos públicos além do esquema de carteirinhas, está comprometida a independência política das entidades. Para nós os Grêmios, Centro Acadêmicos, DCE’s, UEE’s, UBES e a UNE precisam ser retomadas para a luta, assumindo o papel de verdadeiros sindicatos de estudantes, que organiza a luta junto aos trabalhadores, fazendo a ponte entre cada reivindicação do dia-dia com a necessidade de uma luta maior, a unidade dos estudantes e dos trabalhadores para a construção do socialismo. · Contra o sucateamento e a privatização do ensino fundamental e médio! Mais verbas para a educação! · Não à divisão do movimento estudantil! · Queremos vagas para todos nas universidades públicas já! Abaixo o capitalismo, viva a luta dos trabalhadores Primeiros Assinantes: Juventude Revolução - JR (Organização de jovens da Esquerda Marxista), Luana (Diretora da UJES - União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas /SC), André (Diretor da União Estadual dos Estudantes - UEE/SP), Andréa (Secretária Geral da Associação Mato-grossense dos Estudantes - AME), Virginia (Tesoureira da União dos estudantes de santa cruz do Capibaribe – USC/PE), Gabriel (Diretor de Escolas Técnicas da AME/MT), Leonila (Diretora de Combate ao Racismo da AME/MT), Gabriel (Diretor do Grêmio Estudantil Escola Técnica Rúi Bloe /SP), Ingrid (Diretora do Grêmio Estudantil Basilides de Godóy /SP), Johannes (Presidente do Grêmio Estudantil Pres. Médice /SC), Iago (Vice Presidente do Grêmio estudantil da escola Dr. Tufi Dippe /SC), Mayara (Presidente do Grêmio estudantil da escola Paulo Medeiros /SC), Mario (Diretor do Centro Acadêmico de História da UFPR), Jaqueline Cisne (Diretora do Diretório Acadêmico de Artes da UDESC), Franicne Hellmans (Diretora do Diretório Acadêmico de Comunicação Social do Ielusc, Joinville /SC), Estéfane Emanuele (Coordenadora Nacional do Movimento Negro Socialista), Caio Dezorzi (Coletivo Municipal da JPT-SP), João Diego Leite (Diretor da JPT de Joinville /SC), Tiago de Carvalho (Diretor da JPT de Joinville /SC), Daison Roberto Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC), Evandro Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC).

Realizado o Congresso da Ujes.

No dia 24 de novembro, na escola Presidente Médici, foi realizado o 14° congresso da UJES. Reunindo estudantes das escolas Tufi Dippe, Presidente Médici, Paulo Medeiros, Juracy Brosing e João Rocha, representando cerca de 5 mil estudantes. O congresso da União Joinvilense dos estudantes secundaristas (UJES) afirma seu compromisso de luta pela escola pública gratuita e de qualidade e pelo socialismo. Histórico da UJES A Ujes foi fundada em 1963, para defender os interesses dos estudantes secundaristas. Com o golpe militar de 1964, a entidade foi impedida de funcionar. Seus dirigentes foram perseguidos e sua sede tomada. Os grêmios estudantis foram substituídos por centros cívicos, que eram atrelados as direções das escolas e por isso impediam os estudantes de lutar. Em 1986, a Ujes foi reconstruída, estudantes das escolas Tufi Dippe, Celso Ramos, Rui Barbosa, CIS, Presidentes Médici e Jorge Lacerda reorganizaram a UJES, convocando seu congresso de re-fundação. Decisões do Congresso O congresso discutiu a pressão feita pelas direções das escolas para organizar os grêmios. Segundo os estudantes, as direções querem organizar grêmios para cobrar as taxas, pintar a escola ou reformá-la, para dar aula de reforço ou até no lugar dos professores. “Isso é um absurdo!”, afirma Mayara Colzani, “querem transformar os grêmios em centros cívicos. Despolitizados e sem nenhum compromisso de luta”. A Ujes definiu sua concepção de grêmio como um sindicato. Isso significa que seus projetos são voltados à conscientização, organização e a mobilização. “Devemos mostrar a todo o estudante que a única saída é a organização e a luta”, afirma Johannes Halter. Para ele, não podemos pagar taxas, nem arrecadar dinheiro para escola, “isso significa deixar o governo agir livremente dando nosso dinheiro aos bancos”. O congresso elegeu a nova diretoria e aprovou uma noção contra a guerra e contra o golpe de Honduras. Segundo Iago Paqui, “a Ujes é um organização que defende o direito de cada povo escolher seu futuro. Não podemos concordar com o golpe de Honduras e nem com a guerra no Haiti.”

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CHINA: A REBELIÃO DOS OPERÁRIOS QUE MATAM O PATRÃO Wanderci Bueno Como está se expressando na luta de classes, no chão de fábrica, a restauração do capitalismo na China. No final do mês de julho, na província de Jijin na China, mais de 30 mil trabalhadores e seus familiares se ergueram em luta contra o anúncio de demissão de cerca de 5 mil trabalhadores da empresa Tonghua Iron & Steel em duas de suas plantas, contra os planos da burocracia do PCC (Partido Comunista Chinês) de privatizar a gigante do aço chinês.Os trabalhadores pararam imediatamente a produção e quando as autoridades enviaram pesadas tropas para reprimir os manifestantes, estes reagiram com fúria, estendendo a manifestação para outras fábricas que rapidamente envolveu grande parte da população em um levante que culminou com os trabalhadores prendendo e espancando até a morte o executivo Chen Guojun que fora enviado pelo governo para fazer o trabalho sujo.
Cabe informar que esse executivo era ligado ao maior grupo industrial privado do país.Antes de ser espancado, Chen ameaçou de demitir todos os trabalhadores quando estes se aglutinavam na planta da fábrica para enfrentar as anunciadas demissões.Os trabalhadores tentaram agarrá-lo, mas ele conseguiu escapar. Quando eles tiveram uma segunda chance o espancaram até que ele ficasse inconsciente. As tropas anti-motins se enfrentaram com os piquetes por várias horas e estes conseguiram inclusive impedir que a ambulância entrasse na fábrica para resgatar e socorrer Chen, que acabou morrendo.
O Governo do PC Chinês traiu a Revolução e quer esmagar a classe operária. Segundo dados oficiais da própria burocracia, mais de 50 milhões de trabalhadores foram demitidos nas empresas estatais desde 1990 e agora, só em janeiro deste ano, mais de 20 milhões de emigrantes foram demitidos. Essa onda repressiva, de demissões e violência é parte do mais brutal e gigantesco processo de destruição das conquistas da revolução, para reconstruir o capitalismo na China. Isso significa, por exemplo, o pagamento de 29 dólares aos aposentados enquanto a burocracia vive na opulência, com todos os privilégios. Essa mesma burocracia, para reprimir os trabalhadores, chegou ao extremo de interromper o aquecimento no alojamento dos operários.
Desde 2005 a empresa Jialong estava assumindo o controle da Tonghua Steel. O empresário Zhang Zhixiang é o dono da Jialong e está entre os dez mais ricos da China. É um dos muitos representantes da nova geração de “comunistas” que restauram o capitalismo nesse país. Esse senhor chegou a ser delegado no Congresso Nacional do Povo. É a marcha do processo de destruição do PCC que ataca violentamente as conquistas dos trabalhadores chineses, marcha esta que felizmente encontra a resistência espontânea e heróica da classe operária, onde os sindicatos, subordinados ao aparato do PCC e do Estado, funcionam como verdadeiras tropas de frente para tentar desmoralizar e destruir a combatividade dos operários que, mesmo assim, se erguem contra as privatizações, pois as consideram como um roubo da propriedade pública que é uma herança da revolução usurpada pela burocracia.
Na empresa Linzhou Steel Co., no mês de junho, um empresário, secretário do PCC, o senhor Li Guangyuan, milionário da empresa Fengbao Steel, estava se apropriando da empresa. Os trabalhadores se mobilizaram e exigiram seus direitos e a permanência da empresa como propriedade do Estado. Se enfrentaram com a repressão e com o capitalista Li Guangyuan que é irmão de gente importante no exército e faz parte da nova geração de ex-comunistas que restauram o capitalismo na China. Essas manifestações indicam que cedo ou tarde os trabalhadores perceberão que estão se enfrentando aos capitalistas, que o PCC e os sindicatos, atrelados e controlados pelos agentes da máfia disfarçada de comunista deverão ser varridos e certamente abrirão caminho para a construção de seus sindicatos e de seu próprio partido. Fonte: http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=427

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Disputa Interna no PT

Candidatos falam sobre eleições, planos partidários e crise no senado No dia 22 de novembro o PT realiza o processo de eleição direta (PED) para renovar as direções do partido. Três candidatos disputam a presidência do PT de Joinville: Moacir Nazário, Irio Corrêa e Umberto Mafra. Moacir Nazário é da Esquerda Marxista, mesma tendência do vereador Adilson Mariano. Segundo Nazário, sua candidatura representa a retomada dos princípios que fundaram o PT. “Defendemos a classe trabalhadora e acreditamos no futuro socialista da humanidade”, afirma o candidato. Para Nazário, a verdadeira coligação do PT, nas próximas eleições, deve ser com o povo. Segundo o candidato, as coligações com os partidos de direita como o PMDB, PP e o PDT só servem para as elites. “Essas coligações são como você pegar o café, leite e açúcar e misturar, perde-se a pureza, os princípios do partido”, afirma Nazário. Umberto Mafra é da Esquerda Socialista, mesma tendência do ex-deputado Assis. Tendo boa relação com os outros grupos do partido, Mafra, acredita poder uni-los. Para ele sua candidatura representa, “o princípio da ética e da moralidade, o resgate do partido democrático ligado ao movimento social.” Sobre as coligações, Mafra afirma que o PT deve priorizar uma coligação com os partidos de esquerda, mas para o governo federal, “deve considerar o PMDB." Irio Corrêa é da Construindo um Novo Brasil, mesma tedência do prefeito Carlito Merss. Para ele sua candidatura representa, “a continuidade do sucesso do PT.”. Corrêa diz que após 29 anos, finalmente o PT conseguiu eleger um prefeito. “É esse êxito que nossa candidatura representa”, afirma o candidato. Sobre as coligações, Corrêa diz que eles devem manter a atual base do governo e que já existem conversas com o PMDB e o PDT. “Só assim poderemos dar continuidade ao processo de desenvolvimento do governo", afirma o Candidato. Crise no Senado A crise no senado é também tema das campanhas dos petistas. Para Irio Corrêa, a crise é resultado do embate entre o PT e o PSDB. Para ele o PT tomou uma atitude correta em defender o Sarney. Sobre o caso do senador Mercadante, Irio afirma: “ele não entendeu a linha do partido, que era para defender o Sarney e manter a governabilidade.” “Eu não voltaria atrás”, afirma Umberto Mafra, se estivesse no lugar do senador Mercadante. Ele diz conseguir se colocar no lugar de Mercadante, mas não o apóia em sua atitude. Para Moacir Nazário, decidir renunciar a liderança do PT no senado e voltar atrás depois de uma conversa com Lula, foi um ato covarde. “Ele deveria ter mantido sua posição." Embates passados Os confrontos entre grupos existem desde a fundação do partido. Em Joinville, esse embate não é de hoje. A Esquerda Marxista já levou a disputa do PED para o segundo turno, em um confronto de Adilson Mariano contra Carlito Merss. Nas prévias de 2009, para decidir o candidato a prefeito, as tendências Esquerdas Marxista e socialista, apresentaram o nome do Bellini Meurer como candidato. João Diego

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ABORTO NÃO PODE SER CRIME!

Dia 28 de setembro: dia de luta pela descriminalização do aborto na América Latina e Caribe! 70.000 – esse é o número de mulheres que morrem por ano no mundo vítimas de abortos ilegais, de acordo com o estudo de 2007 da Federação Internacional de Planejamento Familiar. A maior parte dessas mulheres são jovens pobres que sofrem com a violência de um sistema que nega todos os dias o direito à saúde, educação e outros tantos serviços públicos fundamentais para a emancipação da mulher trabalhadora e de todo o povo. Nessa segunda-feira, dia 28, a Frente pelo fim da criminalização das mulheres e pela legalização do aborto está chamando um ato em São Paulo, na Praça da Sé às 15h. CONVOCATÓRIA No Brasil, o aborto é considerado crime, mas isso não impede e nunca impedirá que ele seja praticado. A clandestinidade, no entanto, condena as mulheres pobres a recorrer a práticas inseguras. A criminalização das mulheres é um ataque ao direito que todas temos de decidirmos sobre o nosso corpo e a nossa vida e obriga a milhares e milhares de mulheres a colocarem sua vida e saúde em risco, por não terem condições de bancarem um atendimento decente. Ninguém faz aborto porque gosta, mesmo assim no Brasil cerca de 240 mil mulheres são internadas em hospitais do SUS em decorrência do aborto clandestino. Elas chegam com hemorragias e infecções que às vezes levam a morte. Quando não são maltratadas e humilhadas nos hospitais. Como se não bastasse, atualmente no Brasil, setores conservadores passaram a perseguir com objetivo de prender, condenar e humilhar as mulheres pobres que recorrem ao aborto e as pessoas que lutam pelo direito de decidir de todas as mulheres.No ano passado, duas mil mulheres no Mato Grosso do Sul tiveram suas vidas expostas e já há mulheres condenadas por praticar aborto. Infelizmente esse lamentável e condenável fato incentivou o “estouro” de clínicas em outras cidades de vários estados do país, numa clara intenção de amedrontar, constranger e criminalizar as mulheres. A ofensiva misógena se dá também no legislativo federal: deputados conservadores propuseram a CPI do aborto, cuja finalidade é investigar as práticas de aborto clandestino no país. O que significa penalizar e perseguir mais ainda as mulheres pobres que recorrem ao aborto clandestino. Outras iniciativas absurdas como proibição do acesso a pílula do dia seguinte mostram o empenho desse setor em retirar das mulheres o direito de decidir sobre o seu corpo. Em nosso continente, a recente experiência de legalização do aborto no México mostra que é possível lidar com esta situação sem hipocrisia. E com resultados positivos para as mulheres, em especial, as mais carentes. Não se vêem mais mulheres chegando ao hospital com o útero perfurado em conseqüência de manobras abortivas perigosas. A lei beneficia também a sociedade e ao Estado. Menos complicações médicas, muitas vezes mais custosas que o aborto, e menos abandonos de recém-nascidos. As autoridades sanitárias do México fazem um balanço positivo da lei que descriminalizou o aborto até doze semanas de gestação - uma experiência pioneira na América Latina.Por isso, neste 28 de setembro, às 15h00, na Praça da Sé exigiremos o fim da criminalização das mulheres e a legalização do aborto. Estaremos mulheres e homens, lutadoras e lutadores comprometidos com a luta por uma sociedade sem opressão, onde todas e todos tenham o direito de decidir o destino de suas vidas. Nenhuma mulher deve ser impedida de ser mãeNenhuma mulher pode ser obrigada a ser mãe! Fonte: http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=411