quarta-feira, 29 de julho de 2009

Reflexões do cotidiano: A morte e a Vida

Em uma conversa com alguns amigos a um tempo atrás, levei alguns a revolta, por minha posição ser um tanto diferente de todos. Eles queiram saber o que faríamos se caso o mundo acabasse amanhã... Na roda de discussão surgiram as mais diversas opiniões, de matar uma pessoa a morrer nas orgias (literalmente). Eu, disse que sentaria e esperaria o fim... Todos levantaram a voz, pois diante do fato de que o mundo vai acabar e sendo assim, não haverá julgamento por nada do que eu faça e a única coisa que eu faço é sentar e esperar. Isso é um absurdo, a revolta para quem ouvi. No início, não refleti sobre o que eles disseram, mas pensando um pouco descobri o porquê da revolta... A morte é a única certeza que temos, mas não temos certeza do dia que ela vai acontecer, pode ser hoje como daqui a noventa anos, não sabemos (isso me lembra de um seriado, Alf, que era um alienígena que comia gatos, sua espécie sabia quando ia morrer, era por volta dos 600 anos e quando isso acontecia, cortavam seus cartões de créditos). À medida que temos a certeza da morte perdemos o medo, do fracasso, da repressão, da opinião dos outros, do julgamento e ao perder o medo temos coragem suficiente para fazer o que tínhamos em nosso interior. Estranho, não é, pois na morte quando tudo acaba é quando as pessoas encontram a vida... Bom, sobre minha opinião. Eu sentaria e esperaria por meu sentido de viver estar em realmente viver. Independe de minha certeza da morte, eu quero estar vivo! Se nesse momento eu soubesse que o mundo acabaria amanhã, todas as minhas idéias e planos, não mais existiriam e por mais coisas que eu fizesse eu não mudaria nada, o mundo iria acabar. Sendo assim, a vida é para mim uma quantidade de tempo? Sim e não, como dizia Sartre: “O que não é terrível não é sofrer nem morrer, mas morrer em vão”, minha morte causada pelo fim do mundo é em vão.

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