Conversei com uma amiga sobre a
mudança nas pessoas. Talvez seja a única certeza absoluta que podemos ter. Nada
dura para sempre, tudo perece frente ao tempo. Tudo tem um início, meio e fim. Tudo
tem que mudar. E um grego já sabia disso há muito tempo.
Com as pessoas é assim. Muitos
nascem cristãos, mas morrem ateus. Nascem descrentes e morrem crentes. O fim
assusta. Logo, por mais que nosso conhecimento diga que muitas coisas estão
erradas e não são reais. A pressão do
meio é mais forte, muitos se adaptam.
Como a água toma a forma do
recipiente, muitos preferem tomar a forma do meio. Preferem se deixar levar
pelas margens opressoras, como dizia um poeta alemão.
Não condeno aqueles que assim
preferem. Cada um sabe a cruz que carrega, mas não posso aceitar isso. Muitas
vezes, conheço alguns exemplos, isso significa o fim da personalidade.
Desistem de lutar, por estarem
calejados, por não conseguirem enxergar uma saída ou por quererem se livrar do
incomodo. Trocam a farda pela vida civil. Não conseguem ver sentido nas
dúvidas, mas vem na certeza de um cotidiano comum, sem nada além da simples
rotina.
A idade é o grande vilão disso
tudo. Ela pressiona, arrasta e pesa frente ao tempo. Ela nos amarra pesos aos
pés que não nos deixam caminhar.
Não vou me adaptar, não deixarei
me moldar. Se for preciso mudar, que seja o campo da batalha, que aprofunde os
conceitos já assimilados e que a mudança vá ao encontro de nossa utopia.
Muito bom João. Adorei!
ResponderExcluir^^
Gabi.
Muito Bom mesmo :)
ResponderExcluirKátia